13.1.09

Veja isso 02


Che Guevara foi capa da revista Veja em 1997. O repórter Dorrit Harazim acompanhou a busca por ossos do guerrilheiro, visitou os lugares onde Che foi capturado e onde morreu, e enviou a matéria da Bolívia. Título e sub-título: O TRIUNFO FINAL DE CHE - Com a busca de seus ossos, ressurgem as idéias e as aventuras do guerrilheiro mitológico.

Em outubro de 2007, o guerrilheiro voltou para a capa da revista, os repórteres Diogo Schelp e Duda Teixeira fizeram daqui mesmo, se debruçaram sobre um arquivo bem selecionado para escrever o que sustentasse a manchete "Che, a farsa so herói - verdades incovenientes sobre o mito do guerrilheiro altruísta, quarenta anos depois de sua morte".


Pior que isso foi o título e sub-título dados ao texto:

HÁ QUARENTA ANOS MORRIA O HOMEM E NASCIA A FARSA - "Não disparem. Sou Che. Valho mais vivo do que morto." Há quarenta anos, no dia 8 de outubro de 1967, essa frase foi gritada por um guerrilheiro maltrapilho e sujo metido em uma grota nos confins da Bolívia. Nunca mais foi lembrada. Seu esquecimento deve-se ao fato de que o pedido de misericórdia, o apelo desesperado pela própria vida e o reconhecimento sem disfarce da derrota não combinam com a aura mitológica criada em torno de tudo o que se refere à vida e à morte de Ernesto Guevara Lynch de la Serna, argentino de Rosário, o Che, que antes, para os companheiros, era apenas "el chancho", o porco, porque não gostava de banho e "tinha cheiro de rim fervido".
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