Abre os braços num gesto bom de carinho.
Para os teus braços vou numa furia incontida.
Assim pudesse assassinar a minha vida.
Nessa noite, afogando-a em teu corpo de arminho!
Bebo na tua boca, essa taça querida.
A volupia que tem gosto de sangue e vinho.
Rujo e rójo em teu leito branco, em desalinho,
Que é tremendo o acordar da besta enfurecida.
Com meus beijos febris, com meus beijops ardentes
Cubro teus pés de louça e teus seios de neve...
Sangra, rubro, um rubí de sangue em cada pômo...
Por que os braços tu tens tão macios e tão quentes?
Por que o branco do teu corpo é flexuoso e tão leve?
Por que é louco esse amor selvagem que eu não domo?
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