Eu não vou no R.U. só encher meu estômago e acabar com a minha incontrolável vontade de comer, que mesmo antes de 12h40min já me consome. Comer no R.U. é também alimentar a alma. Pode parecer exagero. Como pode alimentar a alma em um restaurante universitário? Pegando fila pra colocar a comida, pra pagar, brigando por uma mesa, comendo frio quase sempre, pagando por uma comida nem tão boa... Quem não sente essa mesma sensação que eu, talvez esteja pensando tudo isso. Mas, para quem consegue sentir alimentar a alma no R.U. sabe que essas coisas são insignificantes.
É assim que alimento minha alma no R.U., vendo o sorriso de tia Lia, a dedicação, a atenção que ela tem com todo mundo. E sabe o que é melhor? Sentir o prazer com que ela faz o seu trabalho. E melhor que isso, é ouvir da sua própria voz, repleta de alegria, que é maravilhoso trabalhar ali. São raras as pessoas assim. Só conheço tia Lia.
A saída de seu Julio do R.U. vai me deixar saudades, vou sentir falta do alimento para minha alma, mas não vou esquecer de como é ser verdadeiro e mais humano, tia Lia não sabe, mas ela me ensinou um pouco disso. Talvez tia Lia sinta isso. Uma mãe sente e vê o que um filho é, que um filho precisa, o que ele quer. Toda vez quando voltar ao R.U. vou sentir tia Lia, vou procurar tia Lia, porque o bandejão não é suficiente, não alimenta a alma afinal. Mas sei que vai chegar um momento em que tia Lia será substituída, a mudança do R.U. vai mudar a comida, o gosto, o riso de ti Lia, mas espero ainda conseguir alimentar minha alma no R.U., mas vou ter sempre tia Lia como referência.
Um comentário:
Esse teu texto so me fez lembrar do ensaio fotográfico do "Oficina de Notícias",o nosso 1º jornal do 3º semestre. Me fez refletir sobre a importância até de desconhecidos em nossa vida. Também lembrei das várias vezes q fui ao R.U. alimentar a minha alma com deliciosas presença dos meus amigos...
Postar um comentário