16.3.08

O filho ausente


No último dia 14, um conquistense faria 69 anos. Esse conquistense é ignorado pela grande mídia, que não ousa exibir o diferente, o exigente e o revolucionário. Esse conquistense é desconhecido até mesmo pelos conterrâneos, por desvalorização do que é parte da nossa cultura. Esse mesmo homem, é mal interpretado, ou nem isso, talvez por tamanho talento e por toda sua ousadia.


Me refiro a Glauber Rocha, cineasta e um dos criadores do movimento que modificou todo o cinema nacional, o Cinema Novo. Um filho de Vitória da Conquista, mas que nem parece.


Em Salvador, até o dia 24 de março, no TCA, acontece a exposição Mostra Multimídia “Glauber, uma revolução baiana”. A mostra apresenta painéis, cartazes, fotografias, manuscritos e textos do artista, considerado gênio devido ao que fez e deixou para o cinema mundial.


Na abertura da exposição, na presença da mãe, Dona Lúcia Rocha, das ex-mulheres e dos filhos, foi lançado um catálogo com cerca de 70 páginas, que conta a vida de Glauber e a criação de seus principais trabalhos, contextualizando-os com momentos importantes da vida cultural, política e cinematográfica do país. Durante a mostra cinco TVs de plasmas exibirão curtas-metragens, documentários especialmente produzidos, a partir de trechos de entrevistas de Glauber e depoimentos das equipes e do elenco de seus filmes, além do lendário programa Abertura, exibido na extinta TV Tupi.


Além disso, haverá debates na Biblioteca dos Barris e a mostra “Cinema da Terra” com exibição de oito filmes em tela grande – sendo cinco do cineasta - na Sala de Arte do Museu de Arte Moderna.


Já em Vitória da Conquista, a terra natal, a data passou despercebida. Ausente, esse é o Glauber Rocha para a cidade.


Para conhecer o desconhecido, clique aqui.

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