24.5.08

Para JN, soja é ouro


Que tal uma segunda leitura da matéria, sobre o plantio da soja no Tocantins, veiculada no jornal Nacional na última quinta-feira?


Produção de soja muda hábitos de cidade do Piauí (Dinheiro muda hábitos no PI)


O plantio da soja salvou da miséria (a miséria aparece como característica da região Nordeste enquanto a salvação é de responsabilidade do Sul) uma região (a matéria não fez referência da extensão que as plantações de sojas estão ocupando...) de cerrado (...e invadindo biomas) no interior do Piauí. E os produtores que vieram do sul (os salvadores do nordeste?) estão influenciando os hábitos e o sotaque da região.


Um grupo de gaúchos dispostos a plantar soja no Nordeste comprou (comprou por quanto? Normalmente, por um preço bem abaixo da média) as terras de pequenos agricultores. As lavouras começaram a surgir na mais nova fronteira agrícola do país. Notícias de solos férteis (é possível que todo solo seja fértil com os maquinários e os investimentos que os grandes produtores levaram para o PI) em uma região plana atraíram centenas de imigrantes do Sul e do Sudeste (os oriundo do sul e sudeste são produtores ou empregados?).


“As produtividades das nossas propriedades são melhores aqui do que no Rio Grande do Sul, onde temos mais de 30 anos de tradição como plantadores de soja”, afirma o produtor Marcos Fridrich (deu pra sentir que a produção não está voltada para o social – a salvação? - como a matéria quis mostrar).


A safra deste ano passa de 780 mil toneladas, segundo o IBGE. Grãos que os produtores tratam como ouro (ouro mesmo!!!). Ouro que mudou a vida de muitos sertanejos. Segundo os produtores, 90% da mão-de-obra é local (90% de quanto?).


“Tenho filho na faculdade, outros cursando bons colégios, graças a essa valorização”, afirma José Cavalcante, operador de máquina.


José Cavalcanti abandonou uma pequena plantação de milho para trabalhar na lavoura de soja (perigo da monocultura). Aprendeu a operar colheitadeira, ganha pouco mais de R$ 1 mil por mês e trabalha numa cabine com conforto invejável nas altas temperaturas do Piauí (quantos tem a mesma sorte?).


“Trabalhar só no ar condicionado é uma glória, porque a quentura aqui é muito grande”, agradece.


Vilas e condomínios de luxo (o ideal de salvação da Globo) não param de crescer nos 16 municípios onde vivem as famílias que migraram para essa região. Mudam os hábitos, sotaques se misturam. E da união dos gaúchos com as piauienses, surgem os piúchos.


“A gente fica falando tudo piauiense e quando volta pra casa (parecia que os produtores estavam dispostos a viver no NE, só estão de passagem, para explorar mesmo!) tem que corrigir (corrigir???) um pouquinho para não falar só assim”, afirma o produtor José Paulo Salvador.


“Ele respeita o meu jeito de falar e eu o dele, mas é uma mistura bem bonita”, diz Poliana de Souza, mulher de José Paulo.

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