A cidade cresceu tanto que até os laços humanos foram substituídos pelos muros, pelo concreto e pelo asfalto. Agora, são muitas as Ruas Grandes. As casas velhas já são entulhos. Os rostos velhos, esquecidos. Vitória da Conquista tem histórias de lutas, de batalhas, de conquistas, de desafios e, já recente, de um crescimento que assusta, mas que se disfarça para que o chamem de desenvolvimento.
Gente de todas as partes se reúne por aqui. Mata nativa resiste a muito custo. Águas poluídas correm do seu rio. Prédios se estendem a toda hora. E o Cristo, sertanejo e cansado, que não ressuscita.
Uma vila, um povoado, uma cidade, Conquista é pólo educacional, comercial e até de saúde, é uma capital para muitas outras cidades que estão ao seu redor. Mas, é uma vítima da criminalidade, da violência, da desigualdade, do desrespeito. É uma cidade interiorana, da Bahia, no Nordeste do Brasil. É vítima, a qualquer custo!
“Conquista, tesouro imenso. O mais belo da Bahia”. Aos 168 anos, teus filhos não reconhecem em ti uma rua para chamar de sua. Não contam as histórias de quem te ergueu. Tua cultura, desmatada até as raízes. Comemoram a cidade que lhe servem como abrigo, mas não conhecem o que os acolhe.
Aproveite para conhecer Conquista:
Museu Regional de Vitória da Conquista. Praça Tancredo Neves. Visitas de Segunda a sexta, das 8 às 12 e das 14 às 18 horas. Entrada gratuita.
Espetáculo Teatral Henriqueta: a história de Conquista contada em acordes, movimentos e palavras, de Esechias Lima e Carlos Jehovah. Direção de Fausto Soares e Li Martins. Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima (Av. Rosa Cruz, 45, Candeias, Vitória da Conquista - BA, tel. 77 3422-3257). 6 e 7 de novembro de 2008, às 20h; Ingressos: R$ 10 (inteira).
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