3.2.09

Jornalismo em quadrinhos

Não é coisa só pra criança. Isso a gente já sabe. As histórias em quadrinhos são febre pelo mundo. Basta fazer uma pesqusia pela internet que encontramos portais e comunidades voltados para as mais diversas vertentes dessa arte e principalmente para os fãs dos HQ's.

O que muita gente não sabe é que até o jornalismo já está aderindo aos traços e aos desenhos. Na França - onde nasceu no século XVIII, as historinhas são respeitadas, tanto que as editorias de política e os conflitos internacionais estão dando origem a séries de HQ's dentro da cobertura jornalística. Os criadores não perdoram nem o presidente Nicolas Sarkozy que ganhou uma série só sua.

Mais uma forma de narrativa? Independente da resposta, o fato é que ela altera todo o processo de construção da notícia e adequa o jornalismo à linguagem e ao modelo, tradicionalmente, voltado para o divertimento.


A revista baiana Muito, do grupo A Tarde, publicou esta semana uma matéria - em quadrinhos - sobre a história e os 40 anos dos Novos Baianos. O resultado ficou excelente.


Na Argentina, em 1968, três meses após a morte do guerrilheiro Che Guevara, foi lançado um HQ de sucesso espontâneo, que vendeu milhares de exemplares. A edição é uma biografia narrada através do roteiro de Hector Oesterheld e dos desenhos de Alberto e Enrique Breccia. Aproveitando o cartaz do filme Che, a versão brasileira do clássico só chegou ao país este ano com o título Che - os últimos dias de um herói. Para alguns, o HQ contribuiu com a construção do mito Ernesto Che Guevara, tido como herói dos oprimidos.

Mas, fica a questão: é jornalismo?
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