24.9.09

Relatório sugere estágio e maior carga horária em cursos de jornalismo

Do G1

A comissão formada pelo Ministério da Educação para discutir mudanças nos cursos de jornalismo apresentou nesta sexta-feira (18) um relatório ao ministro Fernando Haddad em que sugere a separação do curso da graduação em comunicação social nas universidades, a ampliação da carga horária, a criação de eixos pedagógicos e a obrigatoriedade de um estágio supervisionado, que não existe hoje. A proposta segue para o Conselho Nacional de Educação e o ministro Fernando Haddad disse que espera as mudanças estejam aprovadas até o final do ano.

A ideia da comissão, formada por especialistas na área, é aumentar a carga horária de 2,8 mil para 3,2 mil horas durante todo o curso. Desse tempo, a proposta é que 200 horas sejam de estágio obrigatório, que deve resultar de um convênio entre as instituições de ensino superior e as empresas de jornalismo. Apesar disso, segundo o presidente da comissão, José Marques de Melo, o curso continuaria com quatro anos.

O relatório pede também que sejam criados seis eixos pedagógicos, que envolvem desde fundamentação específica à prática laboratorial. Além disso, a proposta da comissão é tirar o curso de jornalismo da grande área de “comunicação social” e deixá-lo como uma graduação isolada. De acordo com Melo, o aluno passaria a conviver com o “espaço do jornalismo” já a partir da entrada na faculdade.

Para o presidente da comissão, as mudanças podem ajudar a “revalorizar o diploma”, que deixou de ser obrigatório após decisão do STF neste ano. “Os jornalistas que se formarem com essas novas diretrizes serão mais eficazes em relação às necessidades da sociedade e das empresas”, disse.

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