2.4.11

Por que os estudantes estão protestando?

Os estudantes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia estão ocupando as ruas de Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga (cidade onde a Uesb tem campus) em protesto à atual situação da universidade. Para conhecer os motivos que estão levando os estudantes a pintar as caras e erguer cartazes, visite os blogs mantidos pelos próprios estudantes (meuesbjequie.blogspot.com e mobilizauesb.blogspot.com) ou leia abaixo a nota publicada por eles.


Nota dos Estudantes da Uesb


No dia 29 de março de 2011, nós, estudantes de diversos cursos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, fomos às ruas para mostrar nossa indignação com a situação em que se encontra a universidade pública. Fizemos manifestações durante todo o dia, paralisando as atividades acadêmicas da universidade em todos os turnos e marchando pela avenida Olívia Flores, além de realizarmos assembleias para decidir os rumos da nossa organização. A manifestação contou com a participação de mais de 300 estudantes. Os estudantes dos campi de Itapetinga e Jequié também estão mobilizados e paralisaram a universidade nesse mesmo dia. Além da nossa pauta histórica por assistência estudantil e por melhores condições estruturais e administrativas na universidade, reivindicamos contra a atual política educacional do Governo do Estado.


Em 09 de fevereiro deste ano, o Governo da Bahia editou o decreto 12.583/11 e, pouco tempo após, a Portaria 001 que o regulamenta. Cortando verbas para as empresas públicas, o decreto impede a contratação de professores substitutos (impedindo a saída dos professores para qualificação) e a mudança de regime de trabalho de professores para Dedicação Exclusiva (diminuindo a disponibilidade de professores para a pesquisa e extensão). Além disso, corta gastos com água, energia, xerox, cursos, seminários, capacitação e treinamento dos servidores públicos, telefone, assinatura de revistas e jornais, ônibus e demais veículos da universidade. Tais contenções chegam a 30%!!! Essas disposições irão piorar ainda mais as condições já precárias das universidades baianas, além de ferir a autonomia universitária. Isso demonstra qual lugar ocupa a educação no rol de prioridades do governo, e qual o projeto de educação ele implementa – o de total esfacelamento da universidade pública.
Diante disso, nossas reivindicações são:


Pela revogação imediata do decreto 12.583/11
Contra o aumento da tarifa de ônibus e pela melhoria dos serviços de transporte
Contra os preços abusivos e a comida de má qualidade das lanchonetes e do restaurante universitário 
Por melhores condições na residência estudantil e pela reformulação, com participação dos estudantes, do seu edital que, por excesso de burocracia, impede o acesso aos estudantes
Pelo pagamento em dia das bolsas de auxílio, monitoria, pesquisa e extensão 
Pela transparência acerca da administração do orçamento da universidade 
Pela criação e manutenção de projetos de pesquisa e extensão 
Pela construção de salas de aula e laboratórios que atendam à demanda estudantil 
Pela regularização do quadro de professores (atualmente faltam 46 professores) e contratação de mais docentes
Pela diminuição do preço abusivo da xerox 
Por melhores condições de acessibilidade e de infra-estrutura para os estudantes portadores de necessidades especiais
 Pelo aumento imediato do número de livros da biblioteca 

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