Rumo ao palco do Rock
in Rio, planejando gravação do primeiro DVD e de passagem por Vitória da
Conquista pelo projeto Conexão Vivo,
o maestro Leitieres Leite, da Orkestra Rumpilezz, falou com o Conversa de
Balcão sobre os projetos do grupo e revelou a vontade de ser um das atrações do
Festival de Inverno Bahia.
Quais os atuais
trabalhos da Orkestra Rumpilezz?
Estamos colhendo os frutos das premiações do ano passado.
Começamos o ano viajando o Brasil pelo prêmio da Natura, agora estamos fazendo
o Conexão Vivo e também um projeto de circulação da Funceb. Vamos iniciar uma
série de apresentações pelo Nordeste, começando por Belém (PA) e Fortaleza (CE).
A partir de outubro temos uma pequena turnê na Europa, onde tocamos no Festival
Europalia na Bélgica, dia 19, e na Holanda, dia 20. Ao retornar, a gente se
prepara para gravar nosso DVD em São Paulo, no Auditório do Ibirapuera, que
será o show do CD que a gente gravou em 2009 pela Biscoito Fino.
E tem o show do Rock
in Rio...
É! No dia 23, agora! Um show importantíssimo! Faremos a
abertura do Rock in Rio. Vamos tocar no primeiro dia e no primeiro horário ao
lado da banda Móveis Coloniais de Acaju e da cantora Mariana Aydar. Já
ensaiamos intensamente uma música inédita para entrar no repertório e vamos
acertar todos os detalhes em um ensaio geral lá no Rio.
Desde que surgiu, a
Rumpilezz recebeu diversos prêmios e foi bastante elogiada pela crítica, como
avalia essa repercussão?
Sinceramente, alguns prêmios foram surpresas mesmo, como o
da revista Bravo! que a gente nem sabia que estava sendo cogitado ao prêmio de
melhor disco de música popular. A Orkestra é relativamente nova, são cinco
anos, as pessoas estão conhecendo agora, mas o nosso trabalho começou há muito
tempo, as primeiras músicas começaram a ser desenhadas na década de 80, quando
eu comecei a fazer os esboços desse trabalho. Os prêmios são conseqüência disso
e, na realidade, um grande incentivo para a gente seguir, pois temos muito a
fazer ainda. Isso mostra que a gente está no caminho certo.
Quais as influências
da Orkestra?
Eu diria que o nosso trabalho é fundamentado a partir da
observação da cultura rítmica da Bahia, da cultura rítmica ancestral, da música
sacra e afro-baiana. A partir daí que eu tiro o material para a composição, eu
observo isso há muito tempo como arranjador de música popular. Trabalhei muito
tempo dentro da indústria da música da Bahia, onde eu pude aprender e que é uma
escola formidável, mas também vinha observando isso de maneira particular e vim
guardando durante o período que lecionei na Escola de Música e outros materiais
que eu pude juntar. A influência fundamental eu diria que é o universo
percussivo baiano, já na questão de arranjo eu observo a música instrumental no
mundo todo.
O que o maestro
Leitieres gosta de ouvir?
Todo tipo de música, não tenho um estilo definido. A música
feita com verdade é o que me interessa. A minha playlist é extremamente
eclética, vai de Led Zeppelin passa pelos Beatles, Olodum e a música popular
brasileira em geral... Se a música tem verdade, eu estou junto.
E um sonho atual do maestro...
Tenho alimentado o desejo de tocar aqui em Vitória da
Conquista no Festival de Inverno Bahia, sei que é um evento maravilhoso e já é
um festival conhecidíssimo. Sem dúvidas, é um desejo nosso, de verdade, estar
no palco do Festival. Pode ter certeza, que vai chegar o momento certo da gente
vir!
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