26.7.06

Diálogo (não respondido) com o inquestionável (ou Buscando respostas)


- Por que falhou comigo?

- (como quem não ouve)

- Será que não estou sendo o que deveria?

- (ainda nada)

- Tenho mesmo que passar por tudo isso?

- (nada)

- Como pode ser você o culpado por tudo isso? É você mesmo?

- (quieto e imóvel)

- É minha sina... Ou foi meu azar? Mas, eu não precisaria de sorte se tenho você...

- (respostas nenhuma)

- Tenho mesmo que continuar acreditando em você? Todos lhe culpam e lhe pedem, mas...

- (talvez o silêncio seja a resposta, e permanece em silêncio)

- Já está difícil sustentar minha fé em ti. Tudo parece tão normal e perfeitamente lógico que o resto parece fantasia, imaginação humana... O homem erra em querer entender os sentimentos e não saber explicar, aí inventa... Deve ser isso!

- (da mesma forma como começou...)

- Cansei de ter que chamar por ti, de ter que acreditar que tudo depende de você, e você nem aí... Como se eu estivesse bem... Como se todos estivessem bem...

- (e nada...)

- Acho que posso querer respostas tuas, mas estou apenas me questionando, afinal. (a voz agora se cala, os olhos buscam ao redor alguém, algo novo ou diferente, mas... Nada! Tudo permanece igual e quem antes ouvia, parecia não estar mais ali, mas o choro é agora o som do dono da voz inconformada).

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