
Nosso olhar foi educado pela nossa cultura, os costumes, os hábitos e a sociedade limitam nosso modo de ver e compreender as coisas. Aos nossos olhos, todos os japoneses não parecem iguais? Quem sabe, para eles, também não somos todos iguais por aqui... Mas, o que é feio e o que é belo? Empregamos diariamente os termos, como se anunciássemos verdades sobre algo ou alguém. Ora, o que é feio é o que incomoda aos nossos olhos, já o belo é o que faz bem a nossas vistas, nos faz até olhar de novo, sabe?
Todavia, precisamos ter em mente que o que é belo pra mim pode não ser tão belo assim para a pessoa que está ao meu lado. E não me refiro apenas à beleza exterior das pessoas, mas, principalmente, às criações humanas, sobretudo, as artísticas. E, independente, de agradar ou não aos seus olhos, lhes peço, antes de expressar verbalmente as sensações provadas ao seu olhar, respeito. É preciso considerar que uma criação artística é fruto de um processo individual, influenciado por forças coletivas – acredito eu, e que aquela criação carrega não só o nome do autor, mas traços que o identifica, que remetem às suas condições sociais e psíquicas, à sua realidade. Portanto, merecem respeito.


Simplesmente, apreciai a doçura (ou não) da imaginação alheia, respeite-a e saiba dialogar consigo mesmo e não com o que está ali pronto e acabado.
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