21.10.11

“É só tirar a bunda da cadeira”



Um estímulo para quem tenta entrar para o mundo dos negócios e alcançar o sucesso. A carreira de Jussier Ramalho, um potiguar dono de uma banca de revista que se tornou um dos mais importantes conferencistas do país, serve de exemplo para quem está acomodado, reclamando da vida e desestimulado com o trabalho.

Jussier é de origem pobre, passou fome na infância e sonhava com uma bicicleta e fez disso uma meta até que conseguiu ganhar uma de presente - de um desconhecido. Lia gibis emprestados pelos colegas e jornais velhos que serviam para enrolar carne em açougues de Natal, entrou para a carreira militar mesmo sem porte físico para carregar um fuzil e sem saber nadar, começou a vender de cidade em cidade visitando comerciantes em um velho Chevette. Hoje, ele percorre o Brasil com suas palestras e fatura (líquido) cerca de R$ 15 mil por mês só com sua banca de revistas no Rio Grande do Norte!

Mesmo com os seus 52 anos, ele percorre o palco de ponta a ponta, corre, desce, dá voltas entre a plateia, sobe de volta, pede a colaboração de espectadores, empolga, anima e faz todos participarem, seja dançando, gritando ou cantando. Seu tema é a sua trajetória de vida. Vencedor, ele narra episódios que se convertem em lições para funcionários e empresários. As histórias estão ligadas ao marketing, à imagem pessoal, a estratégias de venda e ao relacionamento empresa-cliente.

Logo na apresentação ele defende sua forma de se apresentar, diz que uma palestra com um assunto sério, não precisa ser séria, pelo contrário, precisa ter descontração. “Irei falar sobre o que deu certo na minha vida e que pode dá certo na sua. É só tirar a bunda da cadeira!”

Continue a leitura e confira algumas das frases de Ramalho durante palestra promovida pelo Consep, em Vitória da Conquista, na última quinta-feira, 20. E uma pequena entrevista com o palestrante, que é está entre os dez de mais requisitados da lista do Palestrantes.org de 2010.



“Sexo e venda têm tudo a ver. Se você fizer sem tesão, acaba na mão e sozinho”.

“As pessoas precisam entender que as empresas são elas”.

“Vender não é atender, é entender o cliente”.

“As pessoas não compram mais produtos e serviços, elas compram a experiência do momento de compra”.

“Reflita sobre isso: você seria um cliente seu? Compraria o seu produto?”.

Uma pequena conversa de balcão com Jussier...

O que é ser um profissional de sucesso?
É fazer aquilo que você gosta. Fazer o que você gosta e ter a oportunidade de fazer o que você gosta é uma realidade que não tem preço.

Ao que o senhor atribui o seu sucesso?
À minha busca no trabalho. Eu busco sempre inovar, busco estar antenado com as coisas para que eu conheça o que há de mais moderno no mercado e adaptar às minhas situações. Procuro me atualizar e fazer o que há de melhor. Eu preciso encantar o meu cliente e encanto surpreendendo, para surpreender eu preciso fazer algo que ninguém faz ou que poucas pessoas fazem. É isso que eu tento fazer.

Inovação é a principal característica de um bom empreendedor?
Inovar, sempre! Inovar é adaptar ou fazer algo que já está sendo feito de uma forma diferente. Para quem quer empreender, todo segmento tem oportunidades para buscar formas diferentes de atuar e isso que te diferencia no mercado de trabalho.

Qual a lição de sua vida que se aplica em sua carreira profissional?
Nascer feio e pobre é consequência do destino. Agora, morrer pobre e feio é incompetência e preguiça.

Fotos: Joana Rocha / vOcêve Multicomunicação

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