24.4.07

Um pequeno gesto


Uma crônica pessoal (nada imparcial)

O que para os outros era um mico, uma besteira, pra mim era uma tentativa. Uma tentativa de ao menos conseguir dizer: eu existo e sou seu fã. A “somente mais uma cantora de axé” era o alvo do cartaz amarelo e vermelho erguido no meio de uma multidão pelos meus braços agitados pela música do Tim Maia e também trêmulos devido ao momento que antecedia a fala de agradecimento: “alô, Chuchu”.

Chuchu, este mesmo que escreve e o dono do cartaz. Agora, eu estava mais agitado ainda, e até fora do ritmo. A música do Tim só estava no início, mas minha euforia já vinha do simples gesto de agradecimento, pequeno, mas muito, muito grande.

Os minutos iniciais do meu êxtase era um início de uma sensação diferente, coração acelerado, olhos cheio d’água, tremedeira e delírio, mas delírio mesmo! Saí dos ombros que me sustentavam para cima do trio elétrico, o caminho que me levou até a porta passou despercebido, como se tudo estivesse apagado e só existisse o meu destino: a porta, a escada e um lugarzinho onde Ivete estaria a poucos metros dos meus olhos.

Tudo se converteu numa nova visão. De cima do trio, observando a agitação, a performance e o profissionalismo da cantora. Meu fanatismo se alimentava ainda mais pela constatação de muitos pré-conceitos. A simplicidade de quem se agitava sob a chuva fina com o microfone na mão, pulando de um lado para o outro, foi o que primeiro percebi como certo. Agradecer por um cartaz e ter alguém da produção para “capturar” quem dedicou alguns dos seus minutos para, talvez com dificuldade, expor sentimentos que parecem se perder quando no meio de uma multidão foi a maior prova.

Depois fiquei imaginando o quanto deve ser gratificante para o artista, de axé ou não, sentir o seu público, vendo-o reconhecer o trabalho que realiza, expor em cartazes e presentes a admiração que fora criada. O melhor de tudo era a retribuição. Outro pré-conceito que eu constatava: atenciosa, e demais, pra tudo! Desde os detalhes do show até à garotinha de uns quatro anos que estava com a mãe nos bastidores.

Os clicks das máquinas, os tchauzinhos, os sorrisos sem motivos e olhos brilhando ainda fazem parte do cenário que um artista pop consegue sustentar. “Como não retribuir?”, deve ser essa a pergunta que faz o artista, no caso a Ivete, reservar um espaço no seu trio para essas pessoas, um tempo da sua agenda para as fotos e ainda faz do seu show uma descontração e um divertimento para pessoas de todas as idades.

Depois do, para alguns, sonho (mas era tão real!), vi como valeu a pena arriscar, o que no princípio parecia um sacrifício foi um “dá a cara pra bater” bem sucedido. O temido risco do mico ou do olhar do outro havia sido uma barreira superada – ainda bem. Consegui cumprir o que tenho como uma regra: fazer aquilo que nos torna mais feliz ignorando o que o outro pensa ou diz. É uma dica pra qualquer pessoa, mas também é um incentivo a mim mesmo pra continuar seguindo a regrinha, porque faz bem, faz muito bem!

5 comentários:

JR disse...

amor, eu jah sabia da sua coragem, vejo em seus olhos...
como te disse antes, so fico feliz de saber q foi um momento especial p ti e inesqcivel!!
pena q falcão so faz os shows dele de olhos fechados, mas um dia quem sabe ele me enxerga e retribui esse amor sem limites, sem medo de pagar mico, so esperando uma oportunidade, de assim c vc, quem sabe beijar a mão ou puxar aquele rasta q eu adoro! rsrsrs
parabéns mais uma vez por ter consiguido e nunca se esqça q vc pode realizar sempre seus desejos,vontades e sonhos...
TE AMO MEU CHUCHU!!
so meu! pq mesmo c ivetinha, eu naum divido naum...rsrsrsrs

Anônimo disse...

Êitaaaaaaaaaaa!
Alô chuchuuuuuuuuuuuu!

Poxa Chu, não sei se já consegui demonstrar o quanto fiquei feliz com a sua conquista, mas saiba que foi muiiiiito, muiiiiiiiito bom ver esse sorrisão que eu amo dividindo essa história comigo.
Muito bom ter colocado sua cronica aqui pra compartilhar com td mundo tb =D (deu pra ver os bracinhos saindo do texto uahuahuahua)

Te adoro garoto!
Você merece isso e muito mais ;)

Anônimo disse...

Existem momentos que são somente nossos. E ninguém consegue tirá-los de nós. Ainda bem!

seilá disse...

Olá...
soh queria te dizer Parabens pela critica feita ao filme O Pai, O.
Muito BOA mesmo.

Você conseguiu escrever toda a minha opinão sobre o filme.

parabens pela otima redação.
bjos.

Mari Bohler disse...

olass...

não conhecia o blog.. estava procurando cartazes legais dos shows da ivete, qndo me deparo com tão interessante história...
caramba heim chuchu... você é o cara!!!!

hahahha... irei num show da ivete agora dia 16/6... vamos ver se terei a msm sorte q vc...

não estava com a mínima vontad d levar um cartaz, jah havia cogitado a idéia, mas como vc msm disse, a vergonha e o medo dos olhares está me fazendo pensar duas vezes...rsrs..
o q vcs acham??
ahh.. aceito idéias pro cartaz viu??rsrs
se tiver sucesso venho avisar voces!


bjo e sucesso pra vc!