28.6.11

A arte de insultar da Veja

Numa sala de espera, uma edição da Veja chamou a minha atenção. Era um exemplar especial, de 29 de dezembro de 2010, com a retrospectiva do ano que estava terminando. Aqui, vou destacar uma “matéria” da parte da revista (32 das 270 páginas) que foi dedicada aos oito anos de Lula: A Novilíngua Lulista, que se apresenta como um dicionário próprio do ex-presidente.

Já percebi que a revista Veja tem o mau hábito de publicar algumas reportagens sem veicular o nome do seu autor, e muitas vezes a reportagem mais parece um artigo opinativo, deixando de lado as informações das fontes e dos dados para se apegar apenas a constatações e conclusões pessoais do autor (então, desconhecido) do texto. O texto em questão segue esta forma de fazer da Veja. Aliás, na parte dedicada ao governo Lula, dos sete textos, três são de colunistas da revista, outro é uma entrevista com Henrique Meirelles e, dos três restantes, apenas um é assinado. Um desrespeito ao leitor e ao autor – se é que este faz questão de assumir os textos que são de seu punho...

Em quatro páginas, a matéria A Novilíngua Lulista mais parece uma piada. É pra fazer rir, porém é um insulto e um desrespeito beirando o ridículo, ultrapassa todos os limites e abandona a ética, por exemplo, mas a Veja não está nem aí para isso. Faço questão de reproduzir aqui os verbetes listados pela revista para que tal absurdo fique registrado entre os outros tantos de autoria da “principal revista do Brasil”, que fez de tudo para derrubar o Lula, mas, como sabem, não conseguiu... Na edição de despedida, não poderíamos esperar outra coisa a não ser a chacota.

Leia com atenção os termos relacionados à imprensa: Blogueiro Progressista, Controle Social da Mídia, Imprensa Golpista e “Óia”. E repare que ela ainda fala de ética...

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Um comentário:

Marco Antonio disse...

li esta matéria e, afora o fato de não ser assinada, o q sempre me pareceu implícito q é do editor, a matéria é a cara e a alma de Lula. os trejeitos, as formas, as falas, as palavras e aquela aura populista q eu sempre achei insuportável e q sempre cegou a parte mais inconsciente da população.